Espera-se de uma mulher uma postura adequada à seu gênero, e quando uma atleta assume características usualmente atribuídas ao universo masculino, como agressividade, garra e persistência, ela é criticada pela mídia e pela sociedade. Mulheres que competem ainda estão em menor número e a quantidade de professoras de judô não chega nem perto da de homens na atividade. Embora algumas atletas afirmem nunca tenham enfrentado problemas, outras se sentem divididas entre dois modelos aparentemente opostos.
A história da participação feminina no judô remonta aos tempos de sua criação. Ainda que a irmã de Jigoro Kano, criador do esporte, já o praticasse, a história demonstra que as mulheres tiveram dificuldades para serem aceitas e para conquistar o direito de lutar. O judô foi criado em 1882, mas apenas trinta e um anos mais tarde um departamento experimental para treinos femininos foi criado no Japão, e com restrições ao que poderia ser praticado pelas mulheres.
Uma das primeiras mulheres a integar esse departamento foi Keiko Fukuda, uma japonesa hoje radicada nos Estados Unidos, que mesmo depois de trinta anos dando aula e sendo graduada no quinto dan (grau) da faixa preta teve sua promoção ao nono e último grau negada pelo Instituto Kodokan – criado por Jigoro Kano e até hoje autoridade máxima na arte marcial – pelo simples motivo de que mulher alguma jamais atingiu a graduação máxima. Em 2006 o Instituto reviu sua posição e aos 93 anos, Keiko Fukuda foi a primeira mulher da história a ser promovida ao 9º dan.
Imagem do documentário "Keiko Fukuda: Be Strong, Be Gentle, Be Beautiful"
E isso só mudou na década de 1980!
Fonte: http://judofeminino.wordpress.com/
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